Em mais uma atitude que ratifica a identidade “social” da Caixa, o conselho curador do FGTS, decidiu reduzir o valor máximo de avaliação dos imóveis, para uso da linha FGTS pró-cotista, de R$ 750mil para R$ 400mil.
Até 2013, o financiamento pelo Pró-Cotista estava limitado a imóveis de até R$ 500 mil. Uma decisão do governo elevou, à época esse limite para R$ 750 mil em MG, RJ, SP e DF, e até R$ 650 mil nos demais estados.
Na mesma reunião, o conselho também aumentou o crédito disponível para o pró-cotista, neste ano, em R$ 4,9 bilhões. A previsão é que essa linha teria apenas R$ 800 milhões para 2015.
O FGTS pró-cotista destina recursos financeiros para a concessão de financiamentos de imóveis residenciais situados em áreas urbanas, exclusivamente para trabalhador titular de conta vinculada do FGTS, observadas as condições do Sistema Financeiro da Habitação – SFH e de utilização do FGTS para a aquisição de moradia própria.
Para buscar o Pró-Cotista, o trabalhador tem de ter, no mínimo, 3 anos de trabalho sob o regime do FGTS, consecutivos ou não, na mesma empresa ou em empresas diferentes; além de contrato de trabalho ativo (com conta ativa no FGTS).
Análise do Resumo Imobiliário
O FGTS pró-cotista não é, e não será a salvação dos financiamentos no Brasil. Apesar do aumento de aproximadamente 600% nos recursos destinados ao fundo, o mesmo cessará brevemente as suas atividades. A poupança segue em viés de baixa e a Caixa com cada vez mais condições restritivas aos financiamentos. É natural que nos próximos meses, a maioria dos contratos de SFH (cujos recursos são provenientes da caderneta de poupança) sejam migrados para o sistema FGTS pró-cotista.
Ainda que o valor seja vultuoso, em torno de R$ 4,9 bilhões para 2015, o mesmo não durará mais do que 6 a 8 meses. Com certeza a partir de dezembro 2015 ou janeiro de 2016 o mercado começará a sentir a escassez do fundo. Não havendo saída, novos contratos não serão emitidos em 2016.
Por isso corra, antes que essa invenção paliativa se esgote.