As cadernetas de poupança são o investimento mais tradicional do Brasil e oferecidas a pessoas físicas e jurídicas por bancos públicos e privados através de contas bancárias chamadas de conta poupança. Dessa forma, os valores depositados na conta poupança são aplicados automaticamente na caderneta de poupança, e possuem liquidez diária e sofrem remunerações mensais de acordo com as determinações feitas pela legislação brasileira.
Ano após ano, a queridinha dos brasileiros não sai de moda. Dezenas de gerações depositaram seus recursos na poupança e ajudaram a transformar a história do Brasil. Nos últimos 10 anos, a caderneta alimentou aquisições e construções, tornando-se o principal funding (fundo) de financiamento imobiliário.
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A década em números
Os principais motivos do fascínio pela caderneta na última década foram o seu estímulo consumidor que fixava uma taxa de juros máxima de 12% ao ano nos contratos regidos pelo SFH, e uma política macroeconômica de incentivo de redução da taxa SELIC, chegando ao mínimo histórico de 7,25% ao ano em 2012, o que aumentou significamente os depósitos na poupança devido a sua rentabilidade diferenciada.
De janeiro de 2005 a julho de 2015, o saldo da poupança bateu record, subindo de R$ 158 bilhões para R$ 648 bilhões respectivamente: um aumento de 410% em 10 anos. Em suma, era um dinheiro barato para novos financiamento, de fácil acesso às instituições financeiras e rentável para clientes.
Com o caixa reforçado, o SFH atingiu números fantásticos para a década. De janeiro 2005 a julho 2015, os recursos da poupança financiaram 2.178.103 imóveis no Brasil, o que corresponde a um VGV total de R$ 376 bilhões.
A poupança também financiou a construção de imóveis, inclusive a reforma e materiais para construção. De janeiro 2005 a Julho 2015, 1.458.720 foram reformados ou construídos com recursos da caderneta. O valor total destinado foi de R$ 211 bilhões.
No total, a poupança foi responsável pela entrada de R$ 588 bilhões na economia realizados através de repasses de financiamento ou empréstimos para construção.
Fonte: Abecip e Banco Central