Em reunião realizada pelos sócios da ABECIP (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) decidiu-se pela redução do percentual de financiamento e aumento da taxa de juros de diversas entidades.
A decisão acompanha o viés de baixa da Caixa, entretanto com percentuais deferentes.
O assunto tramita de forma sigilosa, e cada instituição ficou responsável pela divulgação das novas condições.
Alertamos aos corretores e clientes que providenciem com urgência a análise de crédito dos negócios em andamento. Sugerimos que não se aguarde nem mais uma semana.
A informação é segura e ratificamos a sua promulgação nos próximos dias.
A ABECIP conta com as principais instituições financeiras do país, entre elas Poupex, Bradesco, Citibank, BRB, Banco do Brasil, Itaú, Safra, HSBC, Santander, Banco Mercantil, Banrisul.
12 comentários sobre “Exclusivo: Após a Caixa, bancos decidem pela redução do percentual de financiamento”
Quer dizer que agora os outros bancos também reduzirão os financiamentos imobiliários? Mas não era um mercado próspero, onde comprar imóvel era um grande negócio com valorização de 30%a.a.? Vou ali comprar umas LCA’s, TD e ganhar juros. Aliás, paguem meu juros!!!
bolhaimobiliariabrasil.com
Prezado, agradeço sua opinião. Respeito muito seu ponto de vista e análise, porém tenho minhas idéias formadas quanto a manutenção do mercado imobiliário. Concordo com você que o período de valorização acima da média foi movida por uma especulação generalizada pela insensata compra de imóveis. Sempre alertei que o mercado imobiliário não seria sustentado por um crescimento fora da curva. Uma hora ou outra, a valorização cessaria. Tenho certeza que nos próximos 5 anos enfrentaremos um período de crescimento regular, sem alvoroço e correria.
É um período de renovação, de novos aprendizados, de novos paradigmas e conceitos.
Como disse, tenho minhas convicções e crenças as quais foram construídas em 15 anos de experiência no setor. Não acredito que estamos numa bolha imobiliária. Vejo o momento como um grande ajuste, onde o incapacitado sairá, e o coerente vingará. A atitude das instituições na redução dos financiamentos é em virtude da resolução 3292/2010 do Banco Central que estipula o teto de 65% dos depósito da poupança para financiamento imobiliário. De forma errada, outras formas de financiamento previstas no SFI, tais como LCI e CRI, não foram estimuladas pelo governo muito menos pelos bancos. O mercado de financiamento viciou-se numa moeda barata, farta e de fácil acesso: a poupança. Mas esqueceram de dizer que um dia a fonte secaria. Em minha opinião: grave erro administrativo.
Minhas conclusões foram tomadas após análise de dados empíricos e estudos. Prezado, não quero mudar sua opinião. Como informei acima, respeito com muita humildade sua idéia de mercado. Nosso antagonismo de pensamentos é essencial para a formatação de conceitos e correntes de pensamento. Aliás através de nossa oposição de pensamentos sairão soluções.
Espero tê-lo como leitor e grande parceiro de pensamento.
Grandes amizades nascem de diferenças e sobretudo respeito. Abraços.
De forma errada, outras formas de financiamento previstas no SFI, tais como LCI e CRI, não foram estimuladas pelo governo muito menos pelos bancos.
Os bancos vão esperar o estouro da bolha para ver quanto realmente vale o imóvel e quanto deste valor servirá como lastro para LCI e CRI.
Prezado, o meu entendimento é que qualquer crescimento deve ser sustentado com o funding adequado. Em nosso caso usamos de forma desmedida os recurso da poupança que encontram-se próximos da escassez. Outros instrumentos de funding também são viáveis, como o LCI e CRI, mas sofrem pouco incentivo governamental.
Não vejo relação com bolha imobiliária. O que temos hoje é o resultado de falta de gerência o qual pode ser remediado. Em outras bolhas, todas as capacidades de funding foram esgotadas, como a bolha da Irlanda, o que não é o nossa caso.
Abraços.
Podes citar aqui 3 remédios?
Posso sim. Vou citar muito mais que 3 remédios, vou mencionar 5 curas:
1) Realinhamento da Resolução 3292 do Bacen;
2) Revisão da lei 12.073;
3) Estímulo e ratificação da LIG;
4) Alteração da lei 4131/1961;
5) Revisão da lei 9.514/97 no que tange a facilitadores da alienação fiduciária.
Prezado, as soluções existem e são muitas. Sou um realista nato, porém um estudioso que busca soluções sempre. Não vivo de pessimismos. Trabalho em busca de fórmulas que tracem o realinhamento e a cura dos males.
Abraços.
Prezados Srs.
Na minha opiniao a tal dita “bolha imobiliario” nao existiu no Brasil. Os fatos sao que:
“bolha imobiliária” inexistente no Brasil e seus porquês
Na crise imobiliária americana, por haver a possibilidade de hipotecar mais de uma vez o mesmo imóvel ( o que não podemos fazer aqui – só se toma um empréstimo por imóvel e CPF, vide o programa “minha casa, minha vida” ) os bancos para solver a inadimplência que aumentava exponencialmente, passaram a vender imóveis hipotecados por até 20% do valor de mercado, para recuperar parte de suas perdas do montante emprestado sob a forma de hipoteca. Daí gerou-se a tal “bolha imobiliária” de que tanto se fala.
Aqui, como o mercado é completamente diferente, não há a possibilidade de que os preços despenquem. Exceto em casos particulares e pontuais onde o imóvel foi lançado por um preço fora da realidade (maior) e a construtora e incorporadora, para minimizar os prejuízos, tiveram que abaixar o preço de lançamento para chegar à realidade de mercado e vender o estoque parado. Caso completamente diferente do americano.
Em suma, no Brasil não houve, há ou haverá “bolha imobiliária”
Atenciosamente
Flavio Modesto dos Santos creci:116037-F
Prezado, também não vejo bolha no Brasil. Estamos distantes de diagnóstico de bolha. Estamos passando por um período de ajustes. Somente isso. Abraços.
Nos EUA nunca houve a possibilidade de hipotecar mais de uma vez o mesmo imóvel. Muitas pessoas acreditam nisso por causa de interpretações erradas do procedimento. Se você usar o mesmo imóvel como garantia para vários empréstimos lá você pode acabar na cadeia.
O que muitas pessoas confundem com múltiplas hipotecas na verdade eram novos empréstimos baseados na suposta valorização do imóvel. Era mais ou menos assim: o sujeito ia ao banco, com a documentação e a avaliação do imóvel em digamos US$ 100.000,00. Hipotecava esse imóvel e pegava um empréstimo de US$ 90.000,00 a US$ 100.000,00, por exemplo, e ia pagando as prestações quase sem juros (no perído de carência).
Depois de um ano, se o imóvel valorizasse digamos 10%, ele voltava ao banco e dizia “agora meu imóvel vale mais, então como a garantia é maior, posso pegar um valor maior, então gostaria de um empréstimo da diferença”. Mais ou menos como alguns fazem aqui com os empréstimos consignados: quando recebem um aumento de salário, vão ao banco pegar mais um pouco emprestado aproveitando o novo limite.
Então muitas pessoas fizeram essas hipotecas em cascata. E não que eles hipotecavam o mesmo imóvel em vários bancos, já que isso seria considerado fraude.
Só que eventualmente as pessoas começaram a ficar com dificuldade em pagar suas hipotecas, os bancos retomavam os imóveis e os leiloavam. Isso acabou puxando os preços para baixo e complicando a vida de outras pessoas, em um círculo vicioso.
Agora, só para comparação: na bolha imobiliária americana, os imóveis subiram no máximo 100% em um perído de uns 8 anos, e caíram 30% em 3 anos e os juros eram mínimos. Aqui, o preço dos imóveis subiu entre 200% e 300% nos últimos 6 anos. Com nossas taxas de juros, qualquer atraso faz as dívidas aumentarem muito mais que lá. Então essa fase de “ajuste” nos preços será tão suave quanto o terremoto no Nepal.
carissimos, ate agora a “bombástica” noticia, que ensejou este seu post, nao se confirmou. e ao meu ver, nem vai se confirmar. é lamentavel se viver em um país se agoure tanto o mal dos outros, que se agoure tanto que de errado, apenas para gerar pageviews a mais. lamentavel. para mim o regimob perdeu a credibilidade.
Prezado Paulo,
Vai acontecer. Ratifico a informação.
Esqueçam tudo que vivemos nos últimos 20 anos de plano real, pois ele acabou e teremos de encontrar outro plano econômico e até talvez outra moeda. A culpa é de quem ? Vamos deixar os culpados de lado, vamos nos atentar que todas economias tem seus ciclos , e a nossa atingirá o fundo do poço para voltar a subir talvez daqui a 5 anos ( sou otimista ). A maré está baixando e tudo vai baixar com ela inclusive “IMÓVEIS”, os mais espertos já fizeram seus lucros e saíram do segmento, ficando como sempre as ” sardinhas ” e estas vão serão devoradas . Incrível como acabou o dinheiro subitamente não é ? É sempre assim as crises pegam as pessoas com as calças nas mãos e dinheiro não aguenta desaforo, vamos ver pessoas agarradas com seus tijolos achando que eles valem milhões, mas tijolos são imóveis e fica muito difícil ganhar dinheiro com algo imóvel na era do ” Mobilidade ” . Não tem como exportar ou importar imóveis, mas podemos abraçá-los .