Na última década, os financiamentos imobiliários foram mantidos por recursos da poupança. 70% dos contratos foram regidos pelo SFH (Sistema Financeiro de Habitação) que usa recursos da caderneta. Uma série de atitudes históricas elevaram os depósitos na poupança a patamares altíssimos. Em 2014, o saldo das aplicações da poupança, no âmbito do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo), chegou a R$ 522 bilhões.
Em 2015, um fator começou a incomodar os investidores da poupança: a fórmula de sua correção. De acordo com a legislação atual, lei nº 12.703, de 7 de agosto de 2012, quando a taxa SELIC está acima de 8,5% ao ano, a correção da poupança fica limitada a 0,5% ao mês mais a variação da Taxa Referencial (TR).
A caderneta deixou de ser atrativa. Em conseqüência, bilhões de reais estão saindo da poupança em busca de rentabilidades maiores, como fundos de renda fixa, cuja correção é atrelada à taxa SELIC.
A Caixa foi o primeiro banco a sentir o impacto da fuga de bilhões de reais da caderneta de poupança. A solução emergencial encontrada foi a restrição ao crédito no SFH e redução de limites de financiamento.
Confira a entrevista sobre o assunto.
Entrevista do Resumo Imobiliário para a TV Creci.