Leia também: Tabela de comprometimento de renda da nova linha de financiamento da Caixa (imóveis de R$ 750mil a R$ 3 milhões)
Em 08 de março de 2016, o Governo Federal anunciou medidas para impulsionar o financiamento da casa própria na Caixa:
Imóvel Novo – Até 750mil* – Financiamento de 80% do valor do imóvel.
Imóvel Novo – Até 750mil* – Financiamento de 70% do valor do imóvel.
Comprometimento de Renda
Na análise da capacidade de pagamento para fins de liberação de financiamento imobiliário, em geral, as instituições financeiras limitam que a parcela inicial no máximo a 30% da renda.
A Caixa, por exemplo, permite composição de renda com familiares, cônjuges, entre outros, desde que não haja restrições cadastrais e que os mesmo façam parte do contrato de financiamento.
Para facilitar o entendimento das regras da Caixa, o Resumo Imobiliário disponibilizou 2 tabelas que mostram a renda necessária para a tomada do crédito junto ao banco.
Na primeira tabela, simulamos os imóveis enquadrados no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) com o percentual de 70% de financiamento para imóveis usados, e 80% para novos.
Parâmetros considerados na pesquisa:
– Caixa Econômica Federal;
– SAC (Sistema de amortização constante);
– Prazo de 420 meses;
– Taxa de juro anual de 10,6813%;
– Simulação com imóveis de R$ 740.000,00 a R$ 230.000,00. Acima de R$ 750.000,00 os imóveis são enquadrados no SFI (Sistema Financeiro Imobiliário). Abaixo de R$ 225.000,00, e de acordo com a renda do cliente, o imóvel enquadra-se no Minha Casa Minha Vida.
– A renda obtida é aproximada e pode apresentar pequenas variações na hora da contratação devido a inclusão de tarifas e seguros.
Simulação de renda necessária para financiamento de 70% no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) pela Caixa – Imóvel usado
Simulação de renda necessária para financiamento de 80% no SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) pela Caixa – Imóvel novo
Condições gerais de imóveis até R$ 750 mil* – SBPE
*Valores de imóveis e de financiamento para os Estados: DF, MG, RJ e SP. Para os demais Estados o valor de imóvel é de R$ 650 mil.
- Linha de crédito:Sistema Financeiro de Habitação (SFH);
- O imóvel pode ser novo ou usado;
- Limite de financiamento de 80% para servidores públicos e 70% para demais interessados;
- Permitido o uso do FGTS;
- É possível comprometer no máximo 30% da renda;
- Sistema de Amortização Constante – SAC ou Tabela Price.
Volta do financiamento do segundo imóvel
A Caixa reabriu operações de financiamento do segundo imóvel com as mesmas condições (taxas de juros e prazos) oferecidas para quem está comprando o primeiro.
Ou seja, quem já tem um contrato de financiamento na Caixa por meio do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) pode tomar um novo crédito dessa mesma linha.
SFH – Sistema Financeiro de Habitação
O Sistema Financeiro da Habitação (SFH) foi criado em meados da década de 60, pela Lei nº 4.380, de 1964, no âmbito de uma reformulação geral do Sistema Financeiro Nacional. A primeira fase do SFH, que vai de sua criação até a segunda metade dos anos 70, foi o período áureo do Sistema. Os depósitos em caderneta de poupança cresceram, chegando a ocupar o primeiro lugar entre os haveres financeiros não monetários. Os recursos do FGTS também expandiram como resultado do aumento do nível de emprego e da massa salarial do país.
Surgiram as Sociedades de Crédito Imobiliário e as Associações de Poupança e Empréstimo, formando o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE, integrado por instituições financeiras especializadas na concessão de financiamentos habitacionais, tendo como fontes de recursos os depósitos em caderneta de poupança e repasses dos recursos do FGTS.
O SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) tornou-se um dos motores do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) na década de 2000, que inclui, também, empréstimos com recursos do FGTS e outros programas sociais, que são igualmente regulados pelo Banco Central através da resolução 3932 de 2010.
Nos os últimos 10 anos, mais de 75% dos contratos de financiamento imobiliário tiveram recursos provenientes da caderneta de poupança. De 2004 a 2014, R$ 540 bilhões foram destinados à construção ou aquisição de imóveis.
Os principais motivos da atração pela caderneta foram o seu estímulo consumidor que fixava uma taxa de juros máxima de 12% ao ano nos contratos regidos pelo SFH, e uma política macroeconômica de incentivo de redução da taxa SELIC, chegando ao mínimo histórico de 7,25% ao ano em 2012, o que aumentou significamente os depósitos na poupança devido a sua rentabilidade diferenciada. De 2004 a 2012, o saldo da poupança bateu record, subindo de R$ 126 bilhões para R$ 522 bilhões respectivamente: um aumento de 410% em 10 anos. Em suma, era um dinheiro barato para novos financiamento, de fácil acesso às instituições financeiras e rentável para clientes.